sexta-feira, 28 de março de 2008

"Os domínios que temos sobre os outros distinguem-se da nossa influência para os determinar em atentados de certeza, que poucas há; monopólio Vs perfuração.
Compreende-se esta diferença na aptidão para, mesmo não o desejando ou querendo, influenciar figura alheia a adoptar padrões, comportamentos ou acções que são nossas, de quem as oferece, e não para os fazer crer que há verdades incontornáveis e inequívocas, função das religiões. Ter um domínio ou ofertar uma certeza dividem-se facilmente como possuir um carácter ou construir um. De tudo um pouco, há cernes que ocupam espaços porque lhes pertencem. Outros porém, frágeis e apaixonados, adoptam figurações alheias, na insondável esperança de por fim as deter e as concentrar suas, julgando-as e controlando-as. Por certo, só quem as sabe unidas a um ser, consegue aceitar tal situação, sem dor ou raiva: espalhar um modo, como uma praga, é figura dos bárbaros, dos que pouco entendem sobre civilização, grafismo das explorações Incas ou das colonializações cristãs. Arquitectar uma acção, afunilar, funciona um pouco como a publicidade: não explicita uma vontade de dar mas é claro que presenteia um exponencial desejo em ser para além de nós mesmo. - Cria a vontade de ter. Ter mais.
O que é completamente patético."
Frank Green in, 'Diaporese'

1 comentário:

The Walrus disse...

Uma vida não questionada não merece ser vivida. -Platão dix