quarta-feira, 6 de janeiro de 2010




"The Lord is my shepherd; I shall not want. He maketh me to lie down in green pastures: he leadeth me beside the still waters. He restoreth my soul: he leadeth me in the paths of righteousness for his name's sake. Yea, though I walk through the valley of the shadow of death, I will fear no evil: for thou art with me"


'Nem as horas, nem os dias, muito pouco das semanas, um resquício mensal, e os anos, todos somados, não completariam o diâmetro do acento em diâmetro, sendo que nem tal existe num circunflexo ou em qualquer outro. Não vou acrescer mais às réplicas destes discursos. Para especificamente nada é servil a tua idealizada escuta, absorta às minhas unidas sílabas, certeiras, que treino e que moldo. Quantas vezes as coisas que deveria ter dito, a sua precisão, depois de ter expressado outras, não me rasgam o pensar, e me condenam ao desejar do retorno ao passado, a esse ou àquele, para aí concretizar esse encaixe, a peça que se perdeu no meu puzzle mental… Que não te abalem no momento exacto em que fizeres essa exacta pergunta, no instantâneo segundo onde a reticência se esfuma na expiração verbal da tua ideia, os arrebatadores vocábulos que consigo expressar no silêncio inteiro e durante a minha letargia física, agora próximo da alucinação. De tal forma me transformei na ficção de mim mesmo que qualquer sentimento, o mais vulgar, desde logo se me transforma numa sensação imaginativa. Gostava de ser alguém que pudesse ver isto como se não tivesse com isto mais relação do que vê-lo. Estar fora de mim próprio, sem tudo se embrulhar comigo.'

Frank Green in 'diaporese'