'Vive o cheiro que nos segue; pressente-o como eu. Fosse uma possibilidade contorna-lo e o faria sem hesitar, a minha circunstancia não é provocada, nunca a ansiei. Pulsa no ar o dançar de várias chamas, uma combustão que não nos iguala. Como podemos ser, se o somos parcelarmente? Não é uma gota chuva! O mundo é feito de água - E estamos sós nesta luta, neste desânimo. Há algo para entender. Tenho que perceber alguma coisa mais, tenho que o impor à força? Com enorme probabilidade sei que experiencio de modos diversos coisas que igualmente todos desfrutam. E o pensar nisso faz-me imaginar a enormidade egoísta que também todos provocam desigualmente. Como pensar que se é alguma coisa... ? Não é o que tu sabes que conta mas o que tu mostras e não deve haver alma para fazer uma contagem inversa, penso que nesta ideia o caminho é recto e único. Sei de várias soluções e já encontrei númeraveis respostas mas a cada cinza que passa, porque o tempo arde, me vou saturando exponencialmente. Devia ter pensado um pouco menos em tudo o que quis pensar, sobre tudo o que duvidei e que ainda interrogo, vivendo desta forma vulgar numa amorfidade patética mas estável, não questionando nada e por conseguinte contra nada me insurgir. Viver em batalhas constantes não possibilita vencer a guerra. Concluo daqui, no núcleo de nós, o ponto passagem para outra visão de fim. Pressente, como eu, o cheiro que nos segue e desiste de pontuar a frase '
Frank Green, in 'Diaporese'
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(ou então não)