"Lacónico, preciso daquele nosso mundo. Daquela exacta interjeição onde somos um apenas e somente dentro da vastidão densa que é sermos um só de nós vários; não me é concebível querer mais: é já um universo fora das parcelas que damos aos outros em sistema, para lá da imaginária linha que desenharam na nossa pequena cabeça os livros que lemos, longe do local da união que nos funde no reflexo do vidro, a sombra uniforme dos nossos tão difusos dias.
Nas linhas que me marcam a palma, olho um labirinto onde não desenhei o traço – creio ser precisamente esta a sensação. Da falta que te trago não há história e, a relembrar, porque é o meu presente, num incógnito descoberto me atrapalho pressentindo o meu amanhã -Vê no fundo da minha retina, escava-a.
Toda a pele é feita de fora."
Frank Green in ' D.'
2 comentários:
E suspiro profundamente! É nestas alturas que sinto falta de tudo o que nunca fui ou não consegui ser.
É nestas alturas que sinto falta do "ping ping", daquela doce e amarga corrente que se espalha no nosso entender e depois por breves instantes torna-se numa infindável energia que marca o sistema de um longo mas breve suspiro!
Enfim, palavras para quê?! Se nós dois bem sabemos o que nos falta, o que nos torna audazes, sem retracções.
Relembra! Sente! Imagina! Sonha! E depois suspira!
Suspira e volta a suspirar, pois é deste ar que surge tão desdenhosamente o universo sem fim de um simples e puro suspiro!
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