sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Caro Salvador Maria Bla Bla BLa e Silva:

Vejo-me forçado a usar do meu direito de resposta perante as últimas manifestações de vida de V. Exª. Destarte, foco-lhe a essencialidade que é o uso de terminologias não familiarizadas na escrita. Como sei que se encontra minimamente inteirado da obra de Fernando Pessoa, julguei-o erroneamente e conjecturei uma certa conformação da parte de V. Exª. com a elasticidade atípica que certas expressões conseguem,se devidamente estilizadas, atingir. Faço questão de frisar que não busco a concordância de ninguém pela sintaxe do autor transcrito, e estou convicto que o próprio esteja a admoestar a sua prepotência verbal ou vulgar, e típica, tentativa de exame.
É também meu dever exportar-lhe a ideia de que "absolutamente" e "languidez" não suportam quaisquer direitos de autor e, por tal, a erudita vacatura que tanto se "arroga" não se transfigura disponivel para ditaturialmente a governar. Entretanto seria óptimo obter algumas gravações das conversas que tem com os seus amigos para, aí sim, dissertar sobre o uso de expressões sub 18. Já no que concerne ao erudito poema por V. Exª. criado, atendendo que versa a minha invejável pessoa, permita-me praticar algumas correcções, a saber:

1- Constatará que raramente estou enjoado, e que nunca fui pessoa anti-social excepto quando é necessário;
2- Não dê prática a composições como "à sua terra", mas sim "sua terra" (julgo dispensável demonstrar-lhe o porquê);
3- Na cidade de Seia,Res nullius, não há estação de comboio logo não me poderia sentar num banco da mesma a ouvir os ansiados apitos de partida...;
4- "Esposa", "falecer" ou "derivado" são, como correctamente diz, verba non grata em terras do demo: usa-se como sucedâneos "Mulher", "Morreu" e "Por causa de";
5- Para 'nunca mais ser branca' a minha meia, implica a necessidade de já alguma ter sido, coisa que não fez parte do meu passado.
Reforço a proposta de readmitir para restauro o corrigível conjunto de quadras para, assim, alcançar a melodia de escárnio que pretende. Eu não mudaria o título. Irei, quando tiver mais tempo disponivel, presentea-lo com uma ode: tenho a certeza que, tipo... gostará do tom.




Atenciosamente

José

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