"Em quase todos os acontecimentos da vida, uma alma generosa vê a possibilidade duma acção de que uma alma comum não tem a mesma ideia. No próprio instante em que a possibilidade dessa acção se torna visível para a alma generosa, é de seu interesse levá-la a cabo. Se não executasse essa acção que acaba de lhe surgir no espírito, desprezar-se-ia a si própria; seria infeliz. Têm-se deveres conforme o alcance do espírito. (...) É contra a natureza do homem, é impossível para o homem não fazer sempre, e em qualquer momento que se queira examiná-lo, o que nesse momento é possível e lhe dá prazer."
Stendhal, in "Do Amor"
1 comentário:
Caro José,
É da mais profunda realização e epifânico conformismo com o sentido encontrado que te escrevo. Uma revoltante, por tardia, mas tirânica animosidade com os predestinados – otherwise segregados, trilhos a percorrer.
Dum espaço ampliado onde a ambição é sumptuosa mobília e a idoneidade é claridade branca, fresca, pura, que entra pela janela. Onde a consciência é leve como o ar; onde a sensação do dever é cumprido como a… não, essa escreve-se com o.
Mas dum espaço onde as portas provocam tremendo estrondo quando fecham, pois reencarnam a máxima napoleónica que encontrei num qualquer sítio da rede. Resta-me continuar a fechá-las – às portas – devagar, pois tal como eles, também eu nunca interromperei um inimigo enquanto ele estiver a cometer um erro.
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